quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Turismo, Mídia e Serra Catarinense

Tenho o hábito de ler todos os dias as noticias na internet, jornais e revistas... E, por acaso, um dia desses, me deparei com algumas matérias que falavam da falta de infraestrutura da Serra Catarinense para receber os turistas, com o objetivo único de denegrir a imagem da nossa região.

Como serrano de coração não posso ficar quieto ao que me parece uma irresponsabilidade e acima de tudo uma crítica leviana, visto que essas matérias veiculadas todos os anos no período do inverno, trazem apenas os problemas e não apontam soluções.

Esse tipo de matéria pouco ajuda no desenvolvimento da Região Serrana. Falo isso não para tentar tapar o sol com a peneira, é fato que precisamos melhorar muito, principalmente, na condição das estradas, das calçadas, das ruas, ou seja, da infraestrutura urbana de uma forma geral. Entretanto, ao apontarmos os problemas temos a responsabilidade de trazer novas ideias para que realmente possamos crescer.

Ao ler esse tipo de reportagem me pergunto qual o motivo de tamanha irresponsabilidade dessas pessoas. Por que não comentar sobre as coisas boas da Serra Catarinense, como a beleza da Serra do Rio do Rastro, os vales e cânions e as cachoeiras dos mais diversos tamanhos e formas? Quem nunca se encantou com as belezas da pedra furada localizada no ponto mais alto e frio da serra catarinense? Sem falar da neve que no inverno cobre os campos com um lindo e longo manto branco.

Mas, você deve estar se perguntando sobre os hotéis lotados no inverno, as pessoas que dormem nos carros, os restaurantes que ficam lotados, muitas vezes com filas e as estradas esburacadas. Como ficam esses problemas?

Sim, nossos hotéis ficam lotados no inverno, principalmente, quando tem uma previsão de neve. Entretanto, o mesmo acontece em Gramado, Canela, Bento Gonçalves e tantas outras cidades tidas como exemplo para o turismo. Os motivos podem ser diferentes, mas muitas vezes não encontramos vagas nos hotéis dessas e de outras cidades do Brasil. Esse final de semana tentei fazer uma reserva de hotel em Bento Gonçalves e não encontrei vaga devido a um evento na região da serra gaucha. Em épocas de alta temporada é normal não encontrar vaga em hotéis ou restaurantes nas principais cidades turísticas do Brasil e isso não é ruim, isso é uma oportunidade para iniciativa privada investir, movimentar a economia local e gerar empregos.

Já quanto às estradas esburacadas, falta de calçadas e paisagismo da cidade são questões que dependem do poder público e que a sociedade tem que cobrar. Nós definitivamente precisamos de um projeto turístico para região da serra catarinense, um projeto de verdade, com projeto arquitetônico, projeto de engenharia e, principalmente, um projeto orçamentário para que tenhamos um norte e um objetivo comum a ser seguido.

E quando eu falo em projeto turístico, falo de um projeto pensando na comunidade, para a comunidade, quando falo em calçadas, falo em calçadas pensando nos moradores, pois se as calçadas estiverem boas para a população, com certeza estarão boas para os turistas, se as ruas estiverem boas para população, com certeza estarão boas para os turistas...

Temos que nos conscientizar de que os problemas são oportunidades e que algumas pessoas já arregaçaram as magas para fazer algo pela Serra Catarinense. Posso citar alguns exemplos como a PROTUR que lançou nesse inverno o Sino da Neve e está na segunda edição do Festival da Truta, o senhor João Camargo que lutou para divulgar as paleotocas que se mostram como um grande potencial para o turismo em São Joaquim, o Anselmo do Mural que lançou um livro magnífico sobre a Serra Catarinense e tantas outras pessoas que há anos lutam para que o desenvolvimento realmente aconteça. Está na hora de abraçarmos essas e tantas outras iniciativas para continuarmos fazendo da Serra Catarinense um destino maravilhoso para o turista e, principalmente, para a população serrana.

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Fonte:
Site: http://www.serrasc.com.br/
Link: Turismo, Mídia e Serra Catarinense
Paleotocas em São Joaquim

Paleotoca. Nome estranho para o que a primeira vista parece apenas um buraco no barranco próximo a estrada. Mas, não se enganem, pois esses buracos possuem mais de 10.000 anos e foram construídos por tatus gigantes que habitavam a nossa região.

Mais do que buracos de um tatu gigante extinto, as paleotocas encontradas em São Joaquim são um grande potencial para o desenvolvimento turístico de nossa cidade e devem ser preservadas.

Tudo começou com o paleontólogo Alceu Ranzi, que ao passar pela rodovia identificou os buracos e comentou com o amigo João Camargo sobre o achado.

A fim de preservá-las, o Sr. João incansavelmente buscou divulgar as paleotocas para várias pessoas da cidade. Depois de praticamente dois anos de luta, enfim seus esforços começam a ser recompensados, pois as paleotocas finalmente chamaram a atenção da comunidade e, principalmente, das autoridades, que começam a se mobilizar a fim de proteger esse patrimônio.

Parabéns João Camargo pela sua incansável luta e por acreditar em uma São Joaquim melhor. Pessoas como o senhor, que não se deixam abater pelas críticas e que mesmo quando tudo parece perdido não desistem de tentar fazer a sua parte, são raras e merecem o nosso reconhecimento.Espero sinceramente encontrar outros Joãos, que ao invés de reclamar e duvidar de nossas potencialidades arregaçam as magas para tentar de alguma forma fazer a sua parte por uma são Joaquim melhor.

Hoje, temos mais um atrativo em potencial, as paleotocas, e não podemos esquecer de tantos outros como o Sino da Neve e os festivais gastronômicos. Hoje posso dizer que para temos uma São Joaquim melhor, basta seguir bons exemplos, arregaçar as magas e fazer a nossa parte.

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Fonte:
Site: http://www.serrasc.com.br/
Link: Paleotocas em São Joaquim