Turismo, Mídia e Serra Catarinense

Tenho o hábito de ler todos os dias as noticias na internet, jornais e revistas... E, por acaso, um dia desses, me deparei com algumas matérias que falavam da falta de infraestrutura da Serra Catarinense para receber os turistas, com o objetivo único de denegrir a imagem da nossa região.

Como serrano de coração não posso ficar quieto ao que me parece uma irresponsabilidade e acima de tudo uma crítica leviana, visto que essas matérias veiculadas todos os anos no período do inverno, trazem apenas os problemas e não apontam soluções.

Esse tipo de matéria pouco ajuda no desenvolvimento da Região Serrana. Falo isso não para tentar tapar o sol com a peneira, é fato que precisamos melhorar muito, principalmente, na condição das estradas, das calçadas, das ruas, ou seja, da infraestrutura urbana de uma forma geral. Entretanto, ao apontarmos os problemas temos a responsabilidade de trazer novas ideias para que realmente possamos crescer.

Ao ler esse tipo de reportagem me pergunto qual o motivo de tamanha irresponsabilidade dessas pessoas. Por que não comentar sobre as coisas boas da Serra Catarinense, como a beleza da Serra do Rio do Rastro, os vales e cânions e as cachoeiras dos mais diversos tamanhos e formas? Quem nunca se encantou com as belezas da pedra furada localizada no ponto mais alto e frio da serra catarinense? Sem falar da neve que no inverno cobre os campos com um lindo e longo manto branco.

Mas, você deve estar se perguntando sobre os hotéis lotados no inverno, as pessoas que dormem nos carros, os restaurantes que ficam lotados, muitas vezes com filas e as estradas esburacadas. Como ficam esses problemas?

Sim, nossos hotéis ficam lotados no inverno, principalmente, quando tem uma previsão de neve. Entretanto, o mesmo acontece em Gramado, Canela, Bento Gonçalves e tantas outras cidades tidas como exemplo para o turismo. Os motivos podem ser diferentes, mas muitas vezes não encontramos vagas nos hotéis dessas e de outras cidades do Brasil. Esse final de semana tentei fazer uma reserva de hotel em Bento Gonçalves e não encontrei vaga devido a um evento na região da serra gaucha. Em épocas de alta temporada é normal não encontrar vaga em hotéis ou restaurantes nas principais cidades turísticas do Brasil e isso não é ruim, isso é uma oportunidade para iniciativa privada investir, movimentar a economia local e gerar empregos.

Já quanto às estradas esburacadas, falta de calçadas e paisagismo da cidade são questões que dependem do poder público e que a sociedade tem que cobrar. Nós definitivamente precisamos de um projeto turístico para região da serra catarinense, um projeto de verdade, com projeto arquitetônico, projeto de engenharia e, principalmente, um projeto orçamentário para que tenhamos um norte e um objetivo comum a ser seguido.

E quando eu falo em projeto turístico, falo de um projeto pensando na comunidade, para a comunidade, quando falo em calçadas, falo em calçadas pensando nos moradores, pois se as calçadas estiverem boas para a população, com certeza estarão boas para os turistas, se as ruas estiverem boas para população, com certeza estarão boas para os turistas...

Temos que nos conscientizar de que os problemas são oportunidades e que algumas pessoas já arregaçaram as magas para fazer algo pela Serra Catarinense. Posso citar alguns exemplos como a PROTUR que lançou nesse inverno o Sino da Neve e está na segunda edição do Festival da Truta, o senhor João Camargo que lutou para divulgar as paleotocas que se mostram como um grande potencial para o turismo em São Joaquim, o Anselmo do Mural que lançou um livro magnífico sobre a Serra Catarinense e tantas outras pessoas que há anos lutam para que o desenvolvimento realmente aconteça. Está na hora de abraçarmos essas e tantas outras iniciativas para continuarmos fazendo da Serra Catarinense um destino maravilhoso para o turista e, principalmente, para a população serrana.

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Paleotocas em São Joaquim

Paleotoca. Nome estranho para o que a primeira vista parece apenas um buraco no barranco próximo a estrada. Mas, não se enganem, pois esses buracos possuem mais de 10.000 anos e foram construídos por tatus gigantes que habitavam a nossa região.

Mais do que buracos de um tatu gigante extinto, as paleotocas encontradas em São Joaquim são um grande potencial para o desenvolvimento turístico de nossa cidade e devem ser preservadas.

Tudo começou com o paleontólogo Alceu Ranzi, que ao passar pela rodovia identificou os buracos e comentou com o amigo João Camargo sobre o achado.

A fim de preservá-las, o Sr. João incansavelmente buscou divulgar as paleotocas para várias pessoas da cidade. Depois de praticamente dois anos de luta, enfim seus esforços começam a ser recompensados, pois as paleotocas finalmente chamaram a atenção da comunidade e, principalmente, das autoridades, que começam a se mobilizar a fim de proteger esse patrimônio.

Parabéns João Camargo pela sua incansável luta e por acreditar em uma São Joaquim melhor. Pessoas como o senhor, que não se deixam abater pelas críticas e que mesmo quando tudo parece perdido não desistem de tentar fazer a sua parte, são raras e merecem o nosso reconhecimento.Espero sinceramente encontrar outros Joãos, que ao invés de reclamar e duvidar de nossas potencialidades arregaçam as magas para tentar de alguma forma fazer a sua parte por uma são Joaquim melhor.

Hoje, temos mais um atrativo em potencial, as paleotocas, e não podemos esquecer de tantos outros como o Sino da Neve e os festivais gastronômicos. Hoje posso dizer que para temos uma São Joaquim melhor, basta seguir bons exemplos, arregaçar as magas e fazer a nossa parte.

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Minha primeira neve

Maravilhosa, indescritível, fascinante, simplesmente inacreditável. São tantas as palavras na língua portuguesa, mas nenhuma consegue realmente descrever uma neve como a que aconteceu na Serra Catarinense no dia 04 de agosto de 2010.
Moro em São Joaquim a pouco mais de dois anos e sempre escutei histórias sobre grandes neves como a de 1957, 1988 ou a de 1996, mas não tinha idéia de que essa poderia ser uma experiência tão encantadora.
De tudo que vivi e presenciei naquele dia, o que mais me impressionou foram as pessoas. Para onde olhava via pessoas brincando, jogando bolas e fazendo bonecos de neve, parecia que todos tinham voltado a ser criança. Poucas vezes em minha vida pude presenciar um evento que pudesse transformar as pessoas dessa forma. Naquele dia parecia que não existiam problemas, todos eram iguais e definitivamente parecia que o mundo tinha parado em um passe de mágica, em um lindo e majestoso manto branco.
Fico feliz por ter presenciado e ter feito parte desse momento mágico, por um momento eu também voltei a ser criança.

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Turistas movimentam São Joaquim

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Com a previsão de neve para São Joaquim os turistas vindos de todos os cantos do Brasil lotaram a cidade. Todos alegres e entusiasmados com o frio e com a possibilidade da tão sonhada neve.

No sábado, dia 14 de agosto, a Praça João Ribeiro ficou repleta de turistas devido a dois ilustres visitantes: o frio que chega todos os anos no inverno e o meteorologista Leandro Puchalski, que deu a previsão do tempo para o Jornal do Almoço em frente ao estúdio de inverno da RBSTV.
Mas a festa começou na noite anterior, quando os turistas foram recebidos, em frente ao termômetro da Praça João Ribeiro, pelos membros da PROTUR – Associação Pró-Turismo de São Joaquim e Região, com o badalar do Sino da Neve. A ideia era justamente saldar a chegada dos turistas que ficaram encantados com o projeto e alegres com a simples possibilidade de neve.
Dessa vez a neve não veio, mas a cidade ficou movimentada e a alegria estava presente no rosto de todos que aguardavam durante o final de semana a magia dos flocos caindo.

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2º Trilha da Maçã

No dia 17 de julho vai acontecer em São Joaquim a 2º Trilha da Maçã. O evento é organizado pelo JEEP Clube de São Joaquim e promete reunir Jipeiros do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

No ano passado, em sua primeira edição, o evento reuniu 28 jipes, muita lama, adrenalina e emoção. Para 2010 o evento promete surpreender os participantes com uma trilha incrível.

Parabéns ao JEEP CLUBE São Joaquim por esse belo evento que movimenta o turismo e que deve se consolidar como um dos grandes eventos de nossa cidade.

Programação da 2º Trilha da Maçã

Dia 17/07

07h00 – Inscrições no Posto Nova Serrana.

08h30 - Largada no Posto Nova Serrana.

12h00 - Almoço no local da trilha (cortesia do Jeep Clube para os inscritos - bebidas não incluídas na inscrição).

20h00 - Jantar com a tradicional vaca atolada (cortesia do Jeep Clube para os inscritos – bebidas não incluídas na inscrição).

SINO DA NEVE

O Sino da Neve foi criado por um grupo de empresários do turismo de São Joaquim, ligados ao APL do Turismo da Serra Catarinense – um projeto do SEBRAE – e serve para informar o turista sobre a chegada da neve, principalmente, à noite. Com o encerramento do projeto, a PROTUR ficou como responsável por sua divulgação e proteção.

O badalo do desenho do sino se transforma em flocos de neve. Esse conceito é relacionado com as badaladas que avisam sobre a chegada da neve.
A ideia é transformar o Sino da Neve em uma nova característica de São Joaquim, criando um novo atrativo para cidade.
Em 24 de julho de 2009, enquanto a ideia estava sendo trabalhada, o sino foi tocado pela primeira vez em caráter experimental na Pousada Serra Verde, quando ocorreu uma grande geada que deixou a paisagem coberta de gelo. Os turistas que estavam hospedados na pousada ficaram encantados, o que demonstrou o grande potencial da ideia.
Além de um atrativo a mais para o inverno, o Sino da Neve é uma oportunidade de negócio para cidade. A marca, que pertence a PROTUR, tem várias possibilidades de aplicação como gorros, camisetas, luvas, cachecóis, entre outras.
No dia 21 de Junho o Sino da Neve será tocado as 18h00 na Praça Cesário Amarante, para saudar a chegada do inverno e anunciar uma nova temporada de frio intenso com temperaturas que podem chegar a -10º graus durante o inverno.
Faça parte deste movimento e ajude a transformar São Joaquim na cidade do Sino da Neve.

Sino da Neve
Os sonhos caem do céu em São Joaquim.
Acredite quando ouvir!

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A NEVE NO BRASIL

São Joaquim é conhecida como uma das cidades mais frias do Brasil e é famosa pela ocorrência da neve. Quando converso com pessoas de outros estados ou até mesmo de outros países e conto que neva em nossa cidade, muitos chegam a duvidar.

A verdade é que muitos joaquinenses não acreditam mais que possa nevar como antigamente.Neves como a de 1957, 1969, 1972, 1988, 1996... muitos não lembram que em 1999 tivemos a ocorrência da neve mais “precoce” ainda em 17 de abril e que no mesmo ano tivemos a ocorrência da neve em 03 de outubro, considerada a neve mais tardia de que se tem notícia no Brasil.

Como joaquinense de coração e apaixonado por essa maravilhosa cidade, fui enfeitiçado pela mágica beleza deste fenômeno da natureza que tanto encanta os turistas.

De tanto escutar as histórias como a neve de 1957, que acumulou 1,30 metros e que até hoje é considerada por muitos como o maior acúmulo de neve em solo brasileiro, tentei buscar informações sobre a ocorrência da neve no Brasil e tive a feliz surpresa quando soube da existência de um livro intitulado A NEVE NO BRASIL, de Nilson Pedro Wolff.

De posse do nome do livro, procurei durante 6 meses em livrarias, sites e sebos até que no dia 24/04/2010 descobri que existia um exemplar na biblioteca municipal de Campo Bom – RS. Entrando no site da biblioteca descobri o nome da editora e, enfim, consegui o contato do escritor.

O senhor Nilson Pedro Woff, foi muito receptivo e me atendeu prontamente. Comprei o livro e descobri que a minha longa busca de 6 meses pelo livro valeu a pena. A NEVE NO BRASIL é um dos melhores registros que já tive a oportunidade de ler sobre a neve em nosso país. Bem ilustrado e esclarecedor, esse é um ótimo livro para os que, assim como eu, são apaixonados por esse belo fenômeno da natureza.

Interessados no livro:

Contato: Nilson Pedro Wolff
e-mail: nipewolff@gmail.com


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PROTUR – Associação Pró-turismo de São Joaquim e Região

No dia 13 de abril, aconteceu na Casa da Cultura em São Joaquim à assembléia geral da PROTUR, uma associação muito importante e conhecida da comunidade joaquinense e que fez história ao trabalhar pensando no desenvolvimento turístico da cidade.

O motivo da assembléia foi a eleição de uma nova diretoria, que marca um novo começo para instituição. Foi eleita a chapa que tinha como nome para presidência o de Nádia Teresinha de Souza, proprietária da Pousada Serra Verde. A chapa foi eleita por unanimidade.

Além de um novo começo, a PROTUR promete mudar a cara do turismo na Serra Catarinense por meio de iniciativas que já começam a ser trabalhadas pela nova diretoria, como:

• Os Roteiros da Serra – Oito roteiros para o turista aproveitar ao máximo tudo que a Serra Catarinense tem a oferecer. Entre eles pode-se destacar o City tour de São Joaquim, o City Tour de Urubici e o Roteiro da Maçã.

• O Sino da Neve – A ideia é que ao caírem os primeiros flocos de neve na cidade de São Joaquim a comunidade, bem como o comércio e o trade turístico toquem um sino para informar a todos da chegada da neve.

Outro ponto fundamental é a criação de uma nova logo para instituição que destaca a o pinheiro Araucária, valorizando essa árvore que é tão comum em nossa região e tão bem a representa.


O primeiro passo foi dado, resta agora apoiar a PROTUR para que junto com a comunidade possamos ajudar a melhorar ainda mais o turismo em toda Serra Catarinense.


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CONDETUR

O CONDETUR – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Turístico de São Joaquim -foi formado em dezembro de 2009 e é composto por 13 membros da sociedade, além de um representante do poder executivo e um representante do poder legislativo. Por ser formado por membros da sociedade, o conselho possibilita que a comunidade faça parte do processo de desenvolvimento turístico, discutindo ideias e fiscalizando, ou seja, o conselho é a garantia de que a comunidade será ouvida e fará parte no que diz respeito ao futuro do turismo de São Joaquim.
Os resultados desse trabalho já começam a aparecer. Ainda no mês de março, a câmara de vereadores aprovou a adequação do FUNTUR - Fundo Municipal de Turismo. De uma maneira simplista, o FUNTUR é a garantia de que os recursos destinados ao turismo - depositados na conta do FUNTUR - realmente serão aplicados no turismo. Neste contexto entra o papel fundamental do CONDETUR.
A comunidade, por meio do Conselho, será a grande guardiã desse dinheiro, pois para solicitar o recurso do FUNTUR, por exemplo, à prefeitura terá que apresentar um projeto para o CONDETUR, que terá a incumbência de analisar se ele é relevante para o turismo da cidade. Feita a análise e se for de interesse da comunidade que esse projeto seja executado, em votação o CONDETUR aprova a liberação do dinheiro. Fica a cargo da prefeitura a movimentação da conta do FUNTUR e a execução do projeto. Já ao CONDETUR cabe a análise e aprovação da prestação de contas.
Durante todo o processo, o CONDETUR fiscaliza se o dinheiro está realmente sendo empregado de forma correta. A sociedade deixa de ser um mero coadjuvante e passa a exercer um papel efetivo no desenvolvimento do turismo de São Joaquim. Uma grande vitória para democracia e para população joaquinense.


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